Feminismo é um movimento
social, filosófico e político que tem como objetivo direitos equânimes (iguais) e uma vivência humana por meio do empoderamento feminino e da libertação de padrões opressores patriarcais, baseados em normas de gênero. Envolve diversos movimentos, teorias e filosofias que advogam pela igualdade entre homens e mulheres, além de
promover os direitos das mulheres e seus interesses.
O feminismo alterou
principalmente as perspectivas predominantes em diversas áreas da sociedade
ocidental, que vão da cultura ao direito. As ativistas femininas fizeram
campanhas pelos direitos legais das mulheres (direitos de contrato, direitos de
propriedade, direitos ao voto), pelo direito da mulher à sua autonomia e à
integridade de seu corpo, pelos direitos ao aborto e pelos direitos reprodutivos
(incluindo o acesso à contracepção e a cuidados pré-natais de qualidade), pela
proteção de mulheres e garotas contra a violência doméstica, o assédio sexual e
o estupro, pelos direitos trabalhistas, incluindo a licença-maternidade e
salários iguais, e todas as outras formas de discriminação.
Muito do movimento feminista
foi e é importante. Principalmente os citados acima: direito pelo seu
corpo, leis trabalhistas igualitárias...Acho sim, que todas nós, mulheres, temos
o direito a escolha, a oportunidades. Mas confesso que em alguns casos, gosto
do diferente.
Conversando com amigas (
Raquel e Mariana) esses dias, nos pegamos falando sobre o dilema de pelos no
corpo. Deixar perna, cantinho, suvaco cabeludos como muitas ativistas
feministas vem fazendo. Será que é uma causa valida. Será que é legal? Pensando
a respeito, acho que cada um tem que fazer o que acredita, o que faz bem....No
meu caso, acho feio pelos no corpo. E não me sinto menos feminista por isso.
Também gosto que meu marido pague um jantar, assuma algumas responsabilidades
de casa....
Pode parecer contraditório com o que afirmo acima dizendo que sou
feminista. Mas pra mim feminista não
está no fato de fazer tudo igual aos homens. Está no fato de poder escolher ou
não fazer tudo igual aos homens. E confesso, que na maioria das vezes, não
escolho as mesmas coisas.
Gosto de cuidar dos filhos, não o tempo todo, mas
gosto de fazer isso boa parte do tempo, gosto de poder escolher o que quero ser
profissionalmente sem a obrigação de ter que sustentar a casa e trabalhar que
nem louca para isso. Gosto de receber flores e propostas de viagens românticas.
Gosto de depilar a perna e o cantinho, não só porque acho mais bonito, mas
porque meu marido gosta muito mais assim.
Acho que as pessoas hoje em dia se sentem obrigadas a aderirem alguns movimentos radicais pra não se sentirem
excluídas ou não se sentirem envergonhadas por ser a minoria....Sei lá.
Acho que o feminismo trouxe
muitas coisas boas e ainda trará. Afinal, escolher o que queremos ser e como
queremos ser é fundamental pra uma vida tranquila, feliz, equilibrada. Mas o
fato de termos os mesmos direitos e lutar por eles, não quer dizer que em tudo
temos que escolher o igual. Devemos escolher o que é melhor pra nós. E
escolher sem sermos julgadas.
Se eu quero ser uma empresaria bem sucedida,
nunca ter filhos, nunca casar acho massa. Mas tb é massa cuidar de casa, dos
filhos, da família e não trabalhar por obrigação ou trabalhar pra ganhar dinheiro.
As vezes, a gente é esmagada
por escolher o caminho oposto do fluxo da revolução. E isso pra mim é um
retrocesso. Não a escolha do caminho inverso que os movimentos nos levam, mas a
discriminação que isso acarreta.
Ser feminista pra mim é ser quem eu sou. Sem
medo de ser feliz.
E eu sou casada, dona de casa, mae de 3 filhos. Dependo do
meu marido pra pagar as contas. Mas também sou artista, fotografa, poeta....E
parece que ao escrever isso, um peso enorme fica em meus ombros. Me sinto
julgada por um movimento que na verdade deveria me apoiar. Todas deveríamos nos
apoiar. Apoiar a ter o poder de sermos iguais ou diferentes. O poder de serem quem somos. E ser igual o tempo todo é muito chato!!!
Respeito acima de tudo.
Igualdade de poder fazer as
mesmas escolhas, mas não igualdade nas escolhas.
Essa frase final diz tudo. E é, também, um dos princípio do direito: tratem os iguais como iguais e os desiguais como desiguais, na medida de suas desigualdades. Ganharíamos tão mãe, homens e mulheres, caso fôssemos capazes de admitir a ponderação em tudo na nossa vida. O radicalismo é tão vazio de sentido e louco que, qualquer dia desses, vai nos levar às ruínas. Ou já estaremos nela? Eu gosto de ser mulher e tu?!
ResponderExcluirBeijos! Adorei o texto!
Eu amo ser mulher e não quero ter que me masculinizar para ter sucesso na sociedade e ser aceita por um grupo. Nem quero me reduzir à sombra de um homem para ser aceita por outro grupo. Odeio cartilhas.... O bom da vida são as diferenças, físicas e emocionais. Ter sua própria cartilha; não querer pensar nem dentro, nem fora da caixa, mas querer amassá-la e jogá-la no lixo.... é bem mais difícil do que ceder às expectativas.
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