quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Pessoas x seus objetos


Semana passada fui para um encontro de filosofia organizado por Priscila Dias. 

O grupo se chama filosofia pra mulheres, mas homens tambem sao bem vindos.













O debate da sexta teve como convidado o Desing Felipe Machado.      


Fazia tempo que nao me reunia com um grupo tao legal e produtivo.

O tema foco foi "As pessoas e seus objetos".

Acredito que a maioria de nós não pensa muito a respeito dos significados do que usamos. adquirimos e desejamos. Geralmente se fala de objetos e bens como um comercio. Como algo adquirido pelo sistema capitalista. Na maioria das vezes quando pensamos sobre isso vamos pra uma linha politico socio economica. Mas la foi diferente, o discurso foi pra um lado poetico de ser o que se tem e o que queremos ter.





Felipe  para introduzir essa linha de pensam
ento tambem nos deixou a cerca de  alguns pontos historicos. 

Antigamente a gente era analisado por ser filho de fulano de tal. Por ter a profissao tal que faz parte de uma tradição familiar. Hoje somos analisados pelo que temos e desejamos.

Logico que temos nessa nova versão uma faca de dos cumes. Afinal com isso vem a carga de esteriotipos e possiveis deturpacões de quem somos. Mas no geral das analises achei que super vale o risco.

Me emocionei bastante com a performace da Priscila contando o porque de ter alguns objetos e o que eles representavam pra ela. Senti naquele nomento a emoção do afeto. do gosto. do cheiro. do tato.....Parecia fazer parte do meu ser tambem.





E comecei a pensar em pequenas e grandes coisas que adquiri e me moldei ao longo desse ano na Irlanda. Lembrei da minha sobrinha de frevo que virou decoraçao da sala. Talvez em Recife nunca viesse a fazer parte da decoraçao, mas aqui senti necessidade de algo para me representar. De ter algo da minha terra. Uma pequena coisa, mas que faz toda diferenca quando ouvi os relatos e pontos de vista de Felipe e Priscila e dos demais participantes.

Outro ponto que achei bem interessante foi a reflexao sobre o valor das coisas. Como definir o valor. Nesse momento passou por nós um tapetinho. E o maximo que foi barganhado foi por 30 euros. Depois que ouvimos e vimos a verdadeira historia do tapete. Seria capaz de da todo dinheiro do mundo. O tapete é feito por uma senhora de uma zona muito pobre no sudeste do Brasil. E com eles ela ajuda nao so ela como a comunidade dela inteira. Historia muito linda. E que nos mostra que o valor das coisas tambem vem do coracao.



Foi uma conversa  muito produtiva e enriquecedora e espero ter a oportunidade de ir pra mais encontros do grupo.  Geralmente acontecem uma vez por mes em Dublin. Aviso sobre o proximo antes de acontecer. Prometo.



No final tivemos a chance de fazer um troca troca de objetos e falar um pouco a respeito do porque trocar. Nesse troca troca ganhei uma bota linda. Uma bolsa estilosa. Uma canetinha e um caderno de oracoes.


Fotos by Leonardo Gali




terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

LUCY



Sei que estou um pouco atrasada no filme rs,muita gente ja deve ter assistido,  mas enfim deu na telha e resolvi assistir ontem.

 Lucy, filme de Luc Besson.

Conhecido por filmes de acao e ficcao cientifica. Lucy nao foge das principais caracteristicas usadas pelo diretor em seus filmes: uma mulher forte, boas cenas de acao e um final filosofico para quem gosta de ficar alguns dias refletindo sobre o que assistiu.




O filme conta a estoria de uma   jovem  chamada Lucy (Scarlett Johansson), ela [e  enganada por um amigo e acaba transportando uma droga sintetica dentro do seu estômago, ela nao conhece muito bem os riscos que corre. Ela acaba absorvendo as drogas, e um efeito inesperado acontece: Lucy ganha poderes sobre-humanos. Inteligente passa a usar mais que os 10% do cerebro, que seres normais utilizam.  Seu cerebro fica totalmente capacitado a telecinesia, a ausência de dor e a capacidade de adquirir conhecimento instantaneamente.



Lucy [e um daqueles filmes “ame ou odeie”. Os que gostam de ficcao e acao vao apreciar.




domingo, 14 de fevereiro de 2016

The Revenant




Ontem fui ao cinema assitir o tao falado filme  THE REVENANT. 

Sai do filme super impressionada. O enredo e muitas das cenas sao bastante intensas. E quando cheguei em casa e fui pesquisar a respeito do filme. Fiquei chocada ao descobrir que se tratava de uma historia real. Fiquei com isso na cabeca a noite toda, a madruagda, toda, a manha toda... Isso mesmo...Nao dormi. 

Mas enfim, vamos ao resumo basicao do filme e minhas humildes percepcoes.



O Filme retrata a historia dos homens contratados para retirar peles de animais selvagens para confeccao de casacos ao exercito no norte dos Estados Unidos do começo do seculo XIX e retrata tambem a  exploracao de terras indigenas.




Hugh Glass (DiCaprio)[e o personagem principal do enredo. Ele [e um dos cacadores do grupo e lider guia nas terras inospitas onde indios selvagens fazem valer o controle do seu territorio matando todo e qualquer homem que nao faca parte do seu grupo. 
Em seu historico, Glass, que ja foi casado com uma india e com quem teve um filho que hoje o acompanha, possui problemas relacionados a preconceito e racismo sofrido por ele e por seu rebento, a quem salvou no passado ao defender sua familia de um ataque militar à tribo com quem vivia. 

No seu atual grupo, John Fitzgerald (Hardy), cujo nome carrega uma ironia fina no que se refere à exploracao estadunidense dos territorios indigenas, [e o unico a não esconder seu racismo perante o jovem filho de Glass. 
A relacao dos dois homens [e o enredo de toda a historia do filme, colocando-os em extremos opostos onde a vinganca [e a trajetoria do destino de ambos. 
Gravemente ferido depois de sobreviver ao ataque de um urso, Glass [e deixado sob os cuidados de seu filho e de Bridger, outro rapaz fiel ao homem, bem como de Fitzgerald, cuja vontade declarada seria terminar o sofrimento do colega desde o inicio. 


Ao agir por conta propria Fitzgerald deixa Glass em uma cova rasa e segue seu caminho no intuito de recolher a recompensa por ter ficado como responsavel pelo morto. 
The Revenant [e uma narrativa e uma reflexao muito profunda e dura sobre a resiliência do individuo.
 
Desde a luta do protagonista contra o urso ate o momento no qual Glass precisa se aquecer utilizando modos nada convencionais. Tudo, tudo [e sobre a forca que o ser humano tem de sobreviver quando se tem uma motivacao enorme a ser seguida. No caso de Glass, a vinganca.


Alem da forte historia. A composicao do filme [e surreal. Fotografia impecavel. Atuacoes impecaveis. Figurinos impecaveis. O filme tinha tudo pra ser the best. So deixou a desejar no tempo. O filme dura 156 minutos. Se tivesse 120 a gente acabaria com gostinho de quero mais. 

Mas [e logico que vale  muito a pena assistir, muito mesmo. No entanto, apesar de ser muito bom, [e um dos poucos filmes que nao assistiria novamente pq pra mim bateu demais. Cenas muito fortes, saber que tudo aquilo de fato aconteceu, me deixou mais tensa e reflexiva do que normalmente fico em filmes. Mas que vale a pena os choques de realidade, isso vale.


quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Lisboa

Ando com algumas metas malucas na minha cabeca.

Conhecer um lugar novo por mes.

Janeiro foi Lisboa.



Lisboa [e uma cidade diferente. Uma cidade de contrastes. Porto de entrada na Europa.

Me senti em 1800 logo que cheguei la, ja que comecei minha aventura pela cidade alta, onde se concentra a maior parte da arquitetura antiga.

Na cidade alta, tem varios bondinhos eletricos, amei. Coisa mais linda.





 A meta era chegar ao Casleto de Sao Jorge.

Tem varias formas de chegar la, mas optamos por ir andando. O trajeto vale a pena.

O Castelo e a visao que ele nos proporciona [e muito magica. Experimente!!










Descendo, os encantos sao as pracinhas. Varias delas pela cidade toda.





Logico que nao poderia perder o bacalhau e um bom vinho, comida e bebida tradicional de la. Muito muito bom.
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A noite todos recomendam ir no Cais de Sadre. Parte mais moderna da cidade e onde podemos badalar....Conversar, dancar, beber, comer bem e com um clima arquitetonico ,mais moderno.





Realmente Lisboa [e um bom ponto de partida pra desbravar essa Europa tao grande e linda. 

Proxima parada. Fevereiro. Belgica: Bruxalas e Bruges. E vamos que vamos.

Aos filhos, aos pais!


Ontem a mae de uma grande amiga da minha irma faleceu. 

Conversando com minha irma, soube que ela deixou de lado algumas coisas no novo estado que ela morava e voltou pra Recife pra acompanhar a mae na luta contra o cancer. Nao paro de pensar nisso, fiquei bastante comovida. Primeiro, porque era o que certamente eu faria, minha irma faria. E segundo porque [e muito raro filhos assim.

A maioria nao se acha na obrigacao de largar a vida que se tem e que se leva pra doar um tempo aqueles ( pais) que sempre nos doa e nos doaram tanto. Mas estao errados. Tem obrigacao sim. E quando falo aqui de obrigacao, nao falo no sentido ruim....mas sim no sentido de saber que o certo [e doar a quem nos doa tanto. 

Fico feliz de existir filhos assim ainda, que doam, que reconhecem o momento certo de parar um pouco de olhar pra si mesmo e olhar pra quem os deu a vida, pra quem cuidou e amou incondicionalmente.

Espero estar criando filhos assim....A vida nao teria sentido se nao houvesse amor, dedicacacao, doacao....Se nao houvesse a vontade de esta presente nos momentos certos, custe o que custar.

Trabalho, carreira, dinheiro...Isso, o homem que criou e impoe de maneira grossa e doentia, que esse [e o proposito da vida. Nao, nao [e.

O proposito da vida [e se fazer presente, [e doar amor e receber amor. [e cuidar daqueles que se ama e receber cuidados quando se precisa. [e poder dividir momentos ruins e bons. 

Viver [e reconhecer no outro uma extensao de voce e sorrir com isso. 

Viva a vida. Viva os filhos que sabem reconhecer o valor dos pais. Viva os pais que reconhecem o valor dos filhos. E viva o amor, que salva tudo. Que transcede. Que vibra e revigora. Que acalenta. Que da forcas pra esperar o proximo encontro. Pq a morte [e somente uma passagem. Felizes do que sabem e acreditam nisso.


PS- laptop com teclado Irlandes, nada de acentos necessarios....mas o que importa [e o que se quer dizer, expressar e compartilhar. 

Xero em tudinho. E hoje o Xero [e na alma. 


quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Poder



Apenas nos fere aquele
a quem damos poder.
E só damos poder àquele
a quem julgamos merecer.
Se o colocamos neste posto,
cúmplices de nossas próprias dores nos tornamos.
No fim das contas,
a culpa é sempre de si mesmo...
Então não há do que se queixar.
Porém, é de bom tom se perdoar.
Enganar-se faz parte dos dias
Quando menos se espera,
de tanto errar, você passa a acertar
E até as pessoas certas aprende a escolher
e essas, que te fazem sorrir,
também há de merecer.
É só dar-lhes o poder.
Pegue de volta o bastão
que quem feriu seu coração deixou cair
E entregue aquele que lhe fizer sorrir...